Diante da pressão feita pela sociedade e parte das empresas do setor, o governo deve desistir de adiar a obrigatoriedade da adoção de freios ABS e airbags frontais em todos os veículos novos. O adiamento chegou a ser cogitado por conta de uma intensa campanha do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que temia uma demissão em massa nas linhas de montagens de alguns modelos antigos, cuja produção será desativada assim que a medida entrar em vigor.
No meio da novela em torno da obrigatoriedade, as montadoras chamadas “newcomers” (Renault/Nissan, Toyota, Honda, Peugeot/Citroën, entre outras) se posicionaram de forma contrária à possível prorrogação. Algumas relataram que tal decisão poderia resultar até mesmo no cancelamento de investimentos já anunciados, citando o fato de o governo mudar as regras durante o jogo, afetando todo o planejamento dos últimos anos.
A Ford, que também vai colocar um ponto final na produção de um de seus modelos, o compacto Ka, afirmou que seguiria com a inclusão de duplo airbag e freios ABS em 100% de seus automóveis mesmo se o governo prorrogasse a obrigatoriedade. Segundo um executivo, a montadora segue um plano global que envolve, entre outros itens, um índice de segurança mínima oferecida em seus modelos.
O martelo será batido hoje, numa reunião entre a presidente Dilma e os ministros da Fazenda, das Cidades e do Desenvolvimento. Segundo fontes ligadas à negociação, Dilma deverá manter as resoluções, sem qualquer alteração.
Fonte: Carplace
