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Novo Ecosport desembarca em João Pessoa; Veja análise

Publicado: 14 de setembro de 2012 - Por: Redação

Por Diego Germán de Géa /// Fotos: Vitor Tavares

Confesso que sempre tive bons olhos para com os carros da Ford. Desde seu refinamento técnico e sua preocupação com o prazer de dirigir (que a BMW, por exemplo, preza ao extremo) até a sua confiabilidade mecânica, passando pelo seu design sempre de vanguarda. Também confesso que desde o press-release que aconteceu simultaneamente no mês de janeiro, em Brasilia, e no Salão de Nova Délhi, as formas do Novo Ecosport não me agradaram, principalmente em relação às projeções que vinham sendo apresentadas pela imprensa européia. Me pareceu um tanto "queixudo" frontalmente, e a parte inferior das portas em preto (artificio usado pelos designers para diminuir a impressão de um veiculo ser alto demais, e deixa-lo mais esportivo) de uma desproporção grotesca... Porém, este é o típico caso que te encanta pelo conjunto da obra, pelo que ele é. É como aquela moça que tem uma testa grande demais nas fotos do Facebook, mas que ao vivo te impressiona, seja pela forma que fala com você (a voz da "auxiliar personal" do sistema SYNC, por sinal muito elegante!), pelo seu andar (motor 1.6 Sigma de 115 cavalos com etanol, ou 2.0 de 147 cavalos), ou ainda pelo seu quadril (a traseira do Novo Eco realmente é muito bonita).

Em uma breve recapitulação, o antigo Ecosport, derivado do projeto Amazon, era um veiculo regional, uma adaptação do Ford Fusion europeu (não confundir com o nosso sedã), que compartilhava grande parte dos componentes do nosso Fiesta RoCam, e que tinha como concorrente direto o Renault Kangoo e Fiat Doblo. Basicamente, a Ford pegou um prato de feijão branco muito consumido em saladas na Europa, porém insosso para os nossos padrões, e adicionou coentro, cominho, coloral, e uma pitada de dendê, o rebatizou e focou sua publicidade nas mesas dos jovens brasileiros, uma receita arriscada, mas que deu certo.

Não só deu tão certo, como chamou a atenção de outras montadoras a nível internacional, como a Renault e o seu Duster. O Brasil terminou sendo um grande balão de ensaio para uma "adaptação" estética de um carro que terminou não fazendo muito sucesso no velho mundo.

[caption id="attachment_9517" align="aligncenter" width="620" caption="Destaque para os faróis de LEDs "][/caption]

Agora, a Ford, atenta à concorrência, resolver expandir essa experiência, apurando as qualidades e sanando os defeitos desse experimento brasileiro, e o adaptando às exigências dos 100 países no qual o Novo Ecosport será vendido.

Maçaneta de abertura do porta-malas está “camuflada” como um elemento da lanterna

 

Modelo utiliza freios a tambor nas rodas traseiras

É dessa necessidade de agradar a gregos e troianos que o carro amadureceu, incorporando tecnologias como sistema de interação por Bluetooth SYNC desenvolvido em conjunto com a Microsoft, auxilio de saída em aclives, controle de estabilidade e tração, 6 airbags, faróis com LEDs, e sistema Keyless que dispensa o uso da chave para dar a partida, entre outros.

As dimensões, praticamente são as mesmas aumentando apenas 3 centímetros na altura, e no entre eixos. Mas o que chama realmente a atenção foi a reforma arquitetônica feita na cabine pela Ford: A sensação de amplitude interna é ótima, a densidade da espuma dos bancos, e ergonomia dos comandos correta. Os bancos e o teto relativamente elevado comportam com conforto até pessoas mais altas, tanto na frente como atrás, e joelhos não são massacrados no jipinho.

Outro fator interessante é a reclinação dos bancos, que me lembrou muito o acionamento de uma poltrona de avião, tanto pela suavidade do comando, como pela amplitude de inclinação, tornando viagens mais longas algo tranquilo.

Em relação ao acabamento não há surpresas: Plásticos rígidos estão presente em fartura no Novo Ecosport, ou seja, na versão Freestyle avaliada, nada que desperte paixões nesse sentido.

Aos que gostam de criticar o consumo dos Ford, a norte-americana aderiu ao Programa Nacional de Etiquetagem Veicular, e pelo menos nas versões 1.6 o novo Ecosport foi aprovado com louvor pelo Inmetro, recebendo índice "A" indicando baixo consumo e emissão de poluentes, atingindo abastecido com gasolina 10,2 km/l na cidade e 12,2 km/l na estrada.

Como todas as versões disponíveis no showroom da Cavalcanti & Primo estavam vendidas (a previsão de chegada está para 45 dias após o pedido) não tivemos como avaliar o desempenho do veiculo em movimento, portanto não nos aprofundamos demais quanto a sua dirigibilidade.

Um ponto crítico e que merece atenção do potencial comprador, é a ausência do protetor de carter, ao nosso ver fundamental para um carro que pode desbravar algumas trilhas mais leves. Este item pode (deve!) ser adquirido como acessório pela rede de distribuidores Ford.

No mais, a nova geração do Ecosport atende a todas as expectativas do consumidor do antigo Eco, somando tecnologia, desenho moderno, mais conforto, status e refinamento. Te cuida, Duster!!!

Segue o preço das versões disponíveis para encomenda em João Pessoa:

S R$56,900
SE R$59,900
Freestyle R$63,900
Titanium: Indisponivel.

Agradecemos a toda a equipe da Cavalcanti & Primo, em especial a Kildare Cavalcanti, e parabenizamos pela excelência do atendimento realizado pela consultora Tamires, que nos forneceu atentamente e prontamente todas as informações necessárias.

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