A Caminhada pela Paz e Educação no Trânsito de João Pessoa, concebida pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional da Paraíba (OAB-PB) e pelo Movimento Internacional pela Paz e Não-violência (MovPaz), percorreu a avenida Epitácio Pessoa, a partir da confluência com a rua Tito Silva e das 17h00 do domingo (21), até chegar ao Busto do Almirante Tamandaré, na praia de Tambaú, arrastando considerável contingente de populares e familiares de pessoas que ali perderam a vida, vítimas de acidentes automobilísticos.
Trata-se, apenas, do começo de uma campanha mais ampla de educação e conscientização para o trânsito, não só pra João Pessoa, mas para outros centros urbanos da Paraíba com problemas idênticos aos que se verificam na Capital, como salientou o presidente da OAB-PB, Odon Bezerra, ao proferir breve pronunciamento, na abertura do evento, tendo suas palavras ratificadas pelo representante do MovPaz, Almir Laureano, que também emitiu considerações acerca da questão.
A grande maioria dos que compareceram ao evento, trajando vestes brancas e faixas com palavras de ordem, iam entoando canções populares de mensagens religiosas, do começo até o ponto final da caminhada, que foi fortemente movimentada por imenso e potente trio elétrico e pela Banda % de Agosto da Polícia Militar da Paraíba (PM-PB).
Apesar da tragicidade com que perderam seus entes queridos, por acidentes que se verificaram na avenida Epitácio Pessoa, familiares e amigos da ex-Defensora Pública Geral Fátima Lopes, de Antônio, Mateus e Shuca Ramalho, e dos jovens Ronaldo Soares e Raíza Guedes, dentre outros, revelaram sentimentos de fé e esperança num tempo de maior senso de responsabilidade e de conscientização na ocupação do espaço urbano de João Pessoa, por parte de condutores de automóveis, como que tentando sufocar a saudade e a dor latente.
Mais de 30 outras instituições – A Campanha – que conta com engajamento de mais de 30 outras instituições, entre públicas, privadas e não-governamentais, também ‘abraça’ a causa de quem sofreu perdas humanas através de assassinatos, como se pôde verificar na caminhada de ontem, e não tem data-limite para ser encerrada, como acentuou Odon Bezerra, já no Busto de Tamandaré: “Isto aqui é apenas o primeiro passo do que pretendemos fazer, com o apoio de todos os segmentos engajados, visando à conscientização de todos os que conduzem vidas sobre rodas, e, nesse afã, não mais estamos interessados em imputar culpabilidade a quem quer que seja (até porque já sabemos quem são os autores dos acidentes já registrados), mas queremos evitar que outras pessoas e famílias, inteiras, amarguem o sentimento de perda que se abate, infelizmente, sobre tantos dos que estão aqui”.
Fonte: Assessoria
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