O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) anunciou na última terça-feira, 21, que a fraude envolvendo o dispositivo utilizado pela Volkswagen para enganar as medições de emissão de gases nos modelos 2011 e 2012 da Amarok, que utilizam o bloco 2.0 TDI de código EA189, vai custar R$ 50 milhões de reais aos cofres da empresa.

A decisão, que faz parte do processo Dieselgate - que investiga se a empresa manipulou os testes de emissão dos motores a diesel -, é de primeira instância e permite recurso da Volkswagen do Brasil, que até então não deu um posicionamento detalhado sobre os capítulos recentes do ocorrido.

Segundo o órgão ambiental, as infrações cometidas pela VW do Brasil deveriam ter um custo de R$ 238 milhões, mas uma lei de 1998, que limita as multas para crimes ambientais, impediu que isso fosse praticado. Ainda de acordo com o Ibama, as unidades envolvidas na fraude emitiram 100 toneladas de poluentes no meio ambiente a mais do que o permitido pela legislação. Considerando que a montadora aceitou a culpa nos EUA e vai pagar uma multa de 4,3 bilhões de dólares, é provável que arque também com o resultado da fraude no Brasil e concorde com 50 milhões de reais – assim, encerrando o caso.

Por alguma razão até então desconhecida, apenas os modelos 2011 e 2012 possuíam o software fraudulento – apesar de todos os modelos da picape, de 2010 até 2016, terem utilizado o mesmo motor. Além de pagar a multa, a marca precisará abrir um recall para as unidades envolvidas na fraude.

Veja o número de vendas da Amarok no Brasil ao longo dos últimos anos:

2010 - 3.385
2011 - 10.227
2012 - 19.825
2013 - 24.191
2014 - 17.890
2015 - 12.211
2016 - 9.172